Representantes dos municípios que fazem parte do Consórcio Intermunicipal Médio Araguaia (Codema), participaram na noite de segunda-feira (20/07), de uma videoconferência para discutir a implementação do SIM (Serviço de Inspeção Municipal) regional, com objetivo de reduzir custos e possibilitar com que produtos de origem animal de produção local sejam vendidos em todos os municípios. Participaram da videoconferência, prefeitos, vereadores, promotores, secretários municipais e demais representantes.
Foi consenso dos benefícios dessa iniciativa. Porém, para unificar, as mesmas normas devem ser aprovadas por todas as câmaras municipais. Atualmente, somente quatro cidades do Médio Araguaia possuem o SIM: Canarana, Água Boa, Gaúcha do Norte e Querência, mas com legislações diferentes entre si. A expectativa é que a equalização ocorra em até três anos.
Na prática, essa iniciativa vai possibilitar que um produto de origem animal produzido em Querência, possa ser vendido em Nova Xavantina, por exemplo. Conforme o secretário de Agricultura de Canarana, o município tem dois abatedouros de gado, um de suínos e dois laticínios que trabalham abaixo da capacidade, devido à falta de mercado. “Vai fortalecer bastante a agricultura familiar e dar condições para aumentar a nossa produção, porém, abre o nosso mercado também para outras cidades e cria a competitividade”, relata.
A ideia é que o Codema monte uma equipe de técnicos para atender aos nove municípios consorciados nessa área, diminuindo custos para as prefeituras e para os produtores. Num primeiro momento os produtos poderão circular nesses municípios, mas o objetivo posterior será conseguir, através do Codema, o SIF (Serviço de Inspeção Federal), para possibilitar o comércio dos produtos da região para o todo o território nacional.
A iniciativa traz benefícios, abre mercado, diminui custos, cria concorrência e cria uma fiscalização para que os produtos vendidos sejam de qualidade, bem como cria também desafios, como a obrigatoriedade para que todos os produtos vendidos sejam certificados. Para isso, será necessário investimento por parte dos produtores, para saírem da informalidade e se adequarem às normas que serão estabelecidas. Eles certamente precisarão de apoio dos poderes municipais, seja para investimento individual, ou mesmo para organização em cooperativas.
Por AGRNotícias.